Acredito na fotografia não como o registro de um momento ou o congelar de um acontecimento. Acredito na fotografia como poesia a contar uma história. Misto de poesia e prosa em imagem que eterniza uma emoção vivida. É o meu olhar contando uma história.  A sua, a minha, a dos outros, não importa. Importa o que se conta e o que se eterniza através de uma emoção. É passar o tempo, o papel amarelar, mas ser capaz de arrancar um sorriso no rosto de quem vê aquilo tudo ali, a sua frente, e se lembra exatamente do dia, da hora, do momento onde tudo aconteceu e como aconteceu. Pra isso serve um fotógrafo: pra contar histórias e eternizá-las nas memórias mundo afora...        

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"...um fotógrafo, como um acrobata, deve desafiar as leis do provável ou mesmo do possível, em última instância deve desafiar as do interessante: a foto se torna "surpreendente" a partir do momento em que não se sabe porque ela foi tirada; qual motivo e qual interesse para se fotografar um nu, contra a luz, no vão de uma porta, a frente de um velho automóvel na grama, um cargueiro no cais, dois bancos em uma pradaria, nádegas de mulher diante de uma janela rústica, um ovo sobre uma barriga nua (fotos premiadas em um concurso de amadores)? Em um primeiro tempo a Fotografia para surpreender  fotografa o notável; mas logo por uma inversão conhecida, ela decreta notável aquilo que fotografa. O "não importa o que", se torna então o ponto mais sofisticado do valor." [Roland Barthes]